quinta-feira, 30 de outubro de 2014

O que é teste de Apgar?


Trata-se de um método simples e eficiente de medir a saúde de seu recém-nascido e de determinar se ele precisa ou não de alguma assistência médica imediata.
Ele é rápido, indolor e, certamente, vai tranquilizar você. Na verdade, é bem possível que o médico faça a avaliação do bebê sem que você nem note. A maioria das crianças nasce em boas condições de saúde, mas, caso seu recém-nascido precise de algum auxílio médico, será melhor saber o quanto antes para começar o tratamento. Este procedimento passou a ser rotineiro após os partos desde que a anestesiologista Virginia Apgar o desenvolveu, em 1952. 

Um minuto após nascer e novamente aos cinco minutos de vida fora do útero, seu bebê será avaliado da seguinte forma: 

• Frequência cardíaca
 • Respiração
 • Tônus muscular
 • Reflexos
 • Cor da pele Cada um destes itens recebe uma nota entre 0 e 2 para se chegar a um total geral. 
Grande parte dos recém-nascidos recebe entre 7 e 10, não requerendo nenhum tratamento imediato, como, por exemplo, auxílio para respirar. 

O que quer dizer a nota de cada criança? 
Claro que 10 é sempre música para os ouvidos dos pais, mas 8 ou 9 também são ótimas avaliações. Um parto mais complicado ou prematuro e até medicação para dores tomadas pela mãe podem mascarar as notas, não retratando exatamente as condições reais do bebê, mas, no geral:
• Avaliação entre 8 e 10 mostra crianças em estado de saúde de ótimo a excelente, que provavelmente não vão precisar de cuidados extras.
  • Avaliação entre 5 e 7 indica estado regular e pode haver necessidade de ajuda de aparelhos para respirar. O médico talvez massageie vigorosamente a pele do bebê ou dê a ele um pouco de oxigênio.

O teste de Apgar prevê problemas de saúde futuros? 
 Não, embora no passado os especialistas tenham chegado a acreditar que sim. Uma das teorias sugeria que se a nota de um recém-nascido permanecesse baixa aos cinco minutos de vida, isso indicava probabilidade de ele ter problemas neurológicos. Estudos mais recentes, porém, rejeitaram essa teoria. Sozinhas, as notas individuais não prevêem o estado de saúde futuro de uma pessoa, seja bom ou ruim.  
A vantagem do teste é sua simplicidade: ele é facilmente realizado e mede com rapidez e precisão a saúde de um bebê nos primeiros momentos da vida fora do útero — nada mais, nada menos.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Qual a diferença entre um parto normal e um parto humanizado?



Uma vez em uma palestra, um médico falou: ” Eu não sei por que hoje chamam de parto humanizado, parto sempre foi humanizado”.. e eu pensei: “Aham, tá bom, fala isso para as milhares de mulheres no mundo que tiveram partos tão traumatizantes que decidiram nunca mais passar por essa experiência, ou nem mesmo engravidar“.

O parto normal, o comum, é aquele em que a mulher fica muitas vezes sem acompanhante do lado, que não tem escolha, fica a mercê de tudo e todos. Quando mandam deitar ela tem que deitar, ela não pode comer, ela não tem voz, ela é apenas mais uma no sistema.
Assim ela fica deitada numa cama durante todo o tp, sem ajuda de ninguém, no máximo mandam caminhar pra acelerar, mas não tem ninguém para fazer uma massagem, ensinar ao acompanhante, explicar posições, incentivar, etc.

A mulher se sente sozinha e indefesa no momento mais importante de sua vida. E quando chega a hora do nascimento, ela é deitada na maca, as pernas apoiadas pelas enfermeiras ou um ferro gelado, e deve fazer força quando mandarem fazer. Assim ela ignora totalmente os sinais que o corpo está dando, pois ninguém deixa que ela ouça, muitas vezes ainda tem uma pessoa empurrando a sua barriga pra baixo, pra ”ajudar” o bebê a nascer enquanto o médico puxa e puxa.

A equipe falando, e até mesmo gritando, ” faz força mãezinha” ”anda anda que esse guri tem que nascer” ” na hora de fazer foi bom agora não grita”.

Para completar tudo isso, o médico ainda faz a bela episiotomia, cortando algo que foi feito para abrir naturalmente e lacerar se necessário. Depois que o bebê nasce, o médico segura de um jeito qualquer, corta o cordão, aspira o bebê e a mãe fica ali, ansiosa esperando conhecer o ser que carregou 9 meses.
É assim que se destrói o corpo e a mente de uma mulher, traumatizando-a em um momento que deveria ser empoderador e inesquecível.

O parto humanizado não é uma modinha, não é frescura, e não é nenhuma novidade. O que mudou é que hoje as pessoas estão conhecendo cada vez mais, as mulheres estão aprendendo que elas são as protagonistas de seus partos, e que elas mandam, e que ninguém pode ensinar a natureza de como agir, ela é que nos ensina.

Essa humanização já começa no pré-natal onde ela tem um obstetra que não se preocupa com o tempo da consulta, ele quer saber como a mãe se sente e esse bem estar vai além do bem estar físico. O incentivo ao parto natural começa assim, as verdades e não mitos, as verdades sobre os riscos da cesárea eletiva no presente e no futuro.

No trabalho de parto ela é acompanhada sempre pelo acompanhamente e muitas vezes pela Doula, trazendo segurança, apoio, conhecimento. Em casa ela relaxa e descansa até que as contrações fiquem próximas e intensas, no hospital ela encontra o seu médico ou muitas vezes plantonistas atenciosos, que dizem: ” Você esta indo muito bem”, ao invés de mandar e fazer terrorismo.

Ela é livre para caminhar, agachar, usar chuveiro, banheira, bola, namorar com o companheiro, rir, ouvir música, apagar as luzes, dançar, receber massagem e deixar que o trabalho de parto continue naturalmente. 

Quando chega a hora do nascimento, ela escolhe qual posição é mais confortável, sempre sendo incentivada a um parto vertical, ela fica de cócoras, de quarto, na água, ou se ela quiser ela pode parir deitada, mas na posição que ela gostar.

Sem episiotomia, sem gritos, apenas palavras de carinho e incentivo, deixando que ela faça força somente quando sente vontade, sentindo com a própria mão a cabeça do bebê, com um espelho ela vê o filho nascendo, e para os seus braços o filho vai antes ,de qualquer outra coisa. 

Um parto humanizado é um parto onde mãe e bebê são respeitados, cada um no seu tempo, na sua maneira, como o corpo deseja. É um parto que toda vez que a mãe relembrar, ela vai sorrir, e vai chorar de emoção, sentindo a força que ela tem e que não conhecia.

Esse é o parto chamado humanizado, eu ainda prefiro o termo parto natural. É o tipo de parto que eu nunca canso de assistir e acompanhar, o tipo de parto que transforma a mãe e todas as pessoas ao redor, o sentimento de amor na sala é palpável, é incrível! Ahh, um parto desses eu quero! 

E a cesárea?

Até mesmo a cesárea pode e deve ter uma assistência humanizada, com alguém ao lado da mãe dando carinho, conversando, sem amarrar seus braços, ela não vai fugir ! Quando for a hora de retirar o bebê pode-se abaixar o campo para que ela veja seu filho, e logo após os cuidados, colocar o bebê direto no peito da mãe, incentivando ali mesmo a primeira mamada, o primeiro contato, o primeiro colo.

Gestantes, não aceite ser apenas mais uma, lute a favor do seu parto e lembre que esse momento é do seu bebê também, querer o melhor para ele não é frescura. Tenha um obstetra a favor do parto natural, tenha uma doula, esse momento é único, não abra mão!

Parto com respeito, um direito para todas as mulheres, de maternidade particulares e do Sus!

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A importância de aguardar o trabalho de parto ativo em casa!!!



Todo mundo sabe que o trabalho de parto é um momento intenso, de várias sensações diferentes, de pensamentos confusos onde a mulher precisa de muita concentração no seu corpo e no bebê.
Esse é o dia em que um bebê nasce, mas além disso nasce uma mãe, uma nova mulher e o parto nada mais é do que um ritual de passagem, onde a mulher precisava ser protegida e respeitada.

Mas quem já pariu no hospital, sabe que isso não funciona nesse ambiente, onde pessoas estranhas entram e saem da sala, você não tem privacidade, por estar no hospital você sente que o relógio está correndo e que você precisa parir logo, a equipe começa a ficar ansiosa e a pressão aumenta. Por isso cada vez mais  mulheres optam por partos domiciliares, e onde não existem parteiras ou equipes que atendam ao parto em casa, acabam existindo os partos desassistidos, sem um profissional qualificado para atender um parto.

Mas existem também as pessoas que não se sentem seguras para parir em casa, e preferem ter no hospital, mas existem maneiras de diminuir o tempo nesse ambiente hostil.
Se eu não quero ter meu bebê em casa, que opção tenho?

Saiba que é seguro aguardar em casa as suas contrações ficarem com intervalos próximos e regulados, desde que a sua gestação seja de baixo risco, sem que precise ter um monitoramento contínuo como no caso de mulheres com pré-eclâmpsia, pressão alta, etc.

Não vá para a maternidade na primeira contração, se o bebê estiver se movimentando bem, fique em casa e mantenha a sua rotina, não pare tudo porque  as contrações começaram. Lembre-se que você pode comer e beber quando quiser, e se sentir que as contrações estão mais fortes, procure posições e exercícios que aliviam os desconfortos delas. Se a dor começar a aparecer, vá para o chuveiro e relaxe, concentre-se no seu corpo, preste atenção na sua respiração, ela é fundamental para aliviar a dor e mandar oxigênio para o bebê.
O seu instinto é muito poderoso e ele pode alertar inclusive quando alguma coisa está errada, concentre-se no que ele está pedindo, visualize seu bebê chegando, seu corpo se abrindo e deixe-se levar.

 O momento recomendado para seguir para o hospital é quando as contrações ficarem em intervalos regulados de 3 em 3 minutos por 1 hora, durando entre 30 e 60 segundos e/ou quando você começar a sentir vontade de fazer força durante as contrações, se a bolsa romper no trabalho de parto ou se sentir que as contrações estão muito fortes. Esses são sinais de que o bebê logo vai nascer!

Se seu trabalho evolui mais rápido, você poderá sentir inclusive a descida do bebê pelo canal, seu corpo fará força sem que você faça, e em breve sentirá uma ardência na vagina e pressão no ânus. Esses são sinais de que o bebê está coroando.

Se o bebê parar de se mexer ou perder sangue em grande quantidade, é melhor procurar seu médico ou o pronto socorro para exames, pois são sinais de atenção.
 
Para aguardar o trabalho ativo em casa é ainda mais fácil com a presença de uma Doula, que sabe reconhecer quando o trabalho de parto está normal, quando tem algo que merece mais atenção e quando o bebê está para nascer. Na minha experiência como Téc. Enfermagem e Doula, já acompanhei partos longos, partos que começaram já no hospital, outros que começaram em casa, mas os mais fáceis sempre são os que as mulheres se sentem seguras de esperar em casa, prestando atenção no próprio corpo.
 
Inclusive por pouco alguns desses bebês não nasceram em casa em partos domiciliares não planejados, totalmente sem querer.

Na minha opinião o melhor momento de seguir para o hospital é no final do trabalho de parto ativo e início da fase de transição, é o que faço com as minhas parturientes, chegando sempre com uma dilatação avançada, a menos que elas queiram seguir para a maternidade antes. Entender a fisiologia do corpo no parto, das fases do trabalho de parto faz tudo ficar mais fácil.
Informe-se, prepare-se e uma boa hora!!

Cris De Melo
Doula!

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Boas razões para utilizar a bola durante o parto

• Incentiva descida fetal
• Ela auxilia na rotação do bebê na posição posterior
• Ele estimula o relaxamento pélvico
• Permite balanço pélvico e os movimentos do corpo
• Incentiva movimento rítmico
• Ele ajuda a aliviar a dor nas costas
• Pode ser usado com monitoramento eletrônico fetal externo e interno
• Favorece a mobilidade pélvica
• Fornece suporte perineal sem pressões indevidas
• Ela tira proveito da gravidade durante e entre as contrações
• Há menos pressão sobre os pulsos e mãos, quando na posição de mãos-e-joelhos
• Ela ajuda quando é necessário uma massagem nas costas ou a pressão de volta
• A bola pode aumentar a rotação e descida em um parto dificil
• A bola pode ser usado como apoio enquanto agachado
• Sua utilização ajuda a ampliar a saída pélvica a sua dimensão máxima, enquanto utilizado durante a segunda fase, enquanto cócoras
• Elimina a pressão externa de uma cama, cadeira ou cadeira de balanço quando sentado
• Permite a liberdade de mudar de peso para o conforto
• Ela ajuda a tirar a pressão hemorróidas
• Incentiva boas posições de repouso fisiológicas
• Ela pode acelerar o trabalho de parto
• Ela ajuda as contrações a ser menos doloroso e mais produtivo
• É benefcial com técnicas para a falta de progresso

Mariah Coeli