domingo, 30 de março de 2014

Por que o contato pele a pele após o nascimento e a amamentação na primeira hora de vida são tão importantes?

Tudo começa ao nascer. Nosso primeiro ato depois de nascer é sugar o leite materno. Este é um ato de afeição, de vínculo. Sem este ato, nós não sobrevivemos. È um fato… É a realidade”. Dalai Lama and Howard C. Cutler, The Art of Happiness A Handbook for Living.1998

1. O corpo da mãe ajuda a manter o bebê adequadamente aquecido e isso é de especial importância para bebês pequenos e com baixo peso ao nascer. 

2. O bebê fica menos estressado, mais calmo e com as freqüências respiratória e cardíaca mais estáveis. 

3. O bebê é exposto em primeiro lugar às bactérias da mãe que costumam ser menos agressivas e contra as quais o leite materno possui fatores de proteção. As bactérias maternas passam a habitar o intestino e a pele do bebê, competem com as bactérias mais nocivas dos trabalhadores da saúde e do ambiente hospitalar e, desta forma, evitam a ocorrência de infecções. 

4. O bebê recebe colostro durante as primeiras mamadas – ouro líquido, às vezes chamado de dádiva da vida. 
• O colostro é rico em células imunologicamente ativas, anticorpos e proteínas protetoras. Funciona como a primeira vacina para a criança. Protege contra várias infecções. Ajuda a regular o próprio sistema imunológico m desenvolvimento.
• Contém fatores de crescimento que ajudam o intestino a amadurecer e a funcionar de forma eficiente. Isso dificulta a entrada dos microorganismos e alérgenos.
• É rico em 
vitamina A que ajuda a proteger os olhos e a reduzir as infecções.
• Estimula os movimentos intestinais para que o 
mecônio seja rapidamente eliminado. Isso ajuda na prevenção da icterícia.
• Vem em volumes pequenos, de acordo com a capacidade gástrica de um recém- nascido.

5. Tocar, abocanhar e sugar a mama estimula a liberação de ocitocina – isso é importante por várias razões:
• A ocitocina faz com que o útero se contraia, contribuindo para a saída da placenta para a redução do sangramento materno após o parto.
• A ocitocina estimula outros hormônios que dão à mãe uma sensação de calma, relaxamento e a fazem “apaixonar-se” por seu filho. A ocitocina é conhecida como o hormônio do amor.
• A ocitocina estimula o fluxo de leite da mama.



As mulheres costumam apresentar uma incrível sensação de felicidade no primeiro encontro om o bebê! E os pais geralmente compartilham esse sentimento. E assim começa o processo do vínculo entre a mãe e o bebê. Acima de tudo, o contato pele a pele e a amamentação precoces estão associados à redução da mortalidade no primeiro mês de vida. Também estão relacionados com o aumento da exclusividade e duração do aleitamento materno nos meses seguintes, contribuindo, portanto, para um melhor padrão de saúde e para a redução da mortalidade tardia aleitamento materno nos meses seguintes, contribuindo, portanto, para um melhor padrão de saúde e para a redução da mortalidade tardia.

Crenças errôneas: barreiras para o início precoce do aleitamento materno

1. Colostro não é bom, ou pode ser perigoso para os bebés. NÂO!
Colostro é essencial para o bom crescimento e desenvolvimento
· Primeira vacina – protege contra infecções intestinais e outras
· Laxante para ajudar a prevenir a icterícia 

2. Bebés precisam de chás especiais e outros líquidos antes da amamentação. NÃO!
Qualquer alimento pré-lácteo (alimento dado antes que a amamentação tenha sido iniciada) aumenta o risco de infecção no bebé, reduz a probabilidade de amamentação exclusiva e encurta a duração da amamentação.

3. Os bebés não vão conseguir leite suficiente só com o colostro e leite materno. NÃO!
O colostro é suficiente para as primeiras mamadas do bebé. É normal que o recém-nascido perca 3-6% do seu peso de nascimento. Eles nascem com uma reserva de água e açúcar em seus corpos para usar neste período.

4. Os bebês ficam muito frios. NÃO!
Os bebês ficam aquecidos quando em contatto pele com pele com suas mães. Surpreendentemente, a temperatura do peito da mãe aumenta 0.5° C com 2 minutos de contacto do bebê no seu peito.

5. As mães estão exaustas depois do trabalho de parto e do nascimento para alimentar seus bebés imediatamente. NÃO!
O aparecimento da ocitocina que é libertada com o contato pele com pele e com a amamentação ajuda a acalmar a mãe depois do nascimento de seu bebe.

6. É muito importante aspirar a boca, o nariz e a orofaringe antes da primeira respiração para impedir a aspiração de líquidos do parto, especialmente se o bebé evacuou durante o trabalho de parto. NÃO!
A aspiração do recém-nascido saudável a termo não reduz a ocorrência de aspiração de mecônio e pode lesar a mucosa da boca, faringe e cordas vocais. A aspiração gástrica também interfere com a amamentação.  

7. A vitamina K e a medicação para evitar conjuntivite gonocócica deve ser dada imediatamente após o nascimento. NÃO!
O Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas e a Academia de Medicina da Amamentação afirmam que estas importantes medidas profiláticas podem ser retardadas por uma hora, até que o recém-nascido tenha mamado, sem risco para o bebé.
Elas não devem ser motivo de separação da mãe e bebé. 

8. As mulheres necessitam ser medicadas para lidar com a dor do parto. Normalmente, NÃO!
O uso de analgesia/ anestesia no trabalho de parto pode sedar o bebé, diminuir o comportamento de busca e retardar o início da amamentação por horas ou dias. O uso de terapias complementares incluindo a presença de um acompanhante durante o trabalho de parto ajuda a mulher a lidar com a dor e o prognóstico obstétrico é melhor.

9. Requer muito tempo e trabalho ajudar a mulher durante esta primeira mamada. NÃO!
Enquanto o bebê está sobre o tórax da mãe, o profissional pode continuar a avaliação usual da mãe e do bebê e as outras tarefas. O bebé vai encontrar seu próprio caminho para o peito.
 Amamentação e Direitos

Convenção dos Direitos da Criança reconhece que toda criança tem direito à vida e busca garantir sua sobrevivência e desenvolvimentoAmamentar na primeira hora após o parto ajuda a garantir a sobrevivência da criança.  As mulheres têm direito a esta informação e a receber a ajuda que precisarem para iniciar a amamentação conforme é preconizado.

terça-feira, 25 de março de 2014

Fora da maternidade: mães escolhem dar à luz em casa

Em trabalho de parto e prestes a dar à luz, a dona de casa Rivania Rosa da Silva ouviu do obstetra a notícia de que o filho, Vinícius, estava entrando em sofrimento fetal e poderia morrer. Uma cesárea foi feita e o primogênito nasceu saudável, mas Rivania se desesperou.

 — Comecei a sofrer ataques de pânico, depressão e ansiedade. Tive depressão pós-parto, precisei de tratamento psiquiátrico e psicológico. E não tinha sofrimento fetal nenhum. Era mentira.

Hoje, Rivania sequer acredita que a cesárea fosse mesmo necessária, e na segunda gestação preferiu procurar uma alternativa à realidade de muitos hospitais brasileiros: um indíce de cesáreas muito superior ao indicado pela Organização Mundial de Saúde.

— Para mim, o parto domiciliar é o melhor parto. Sou saudável, tive uma gravidez de baixo risco, e minha casa é o lugar onde me sinto mais segura, confortável e tranquila.

Rivania buscou uma equipe especializada em parto em casa e fez todos os exames necessários para garantir que ela e o bebê estavam em perfeitas condições de saúde. O momento em que Raul veio ao mundo superou as expectativas da mãe de segunda viagem.

— Durante meu trabalho de parto me senti forte e segura. Hoje me sinto realizada e feliz.

Como é o parto em casa

Dar à luz em casa foi a opção de famosas como Carolinie Figueiredo, que teve o caçula Theo no banheiro, e de Gisele Bündchen, que deu à luz Benjamin e Vivian em uma banheira. Se antes ele era a alternativa que restava a mulheres de pouca renda e de áreas rurais, agora é a escolha de quem tem à disposição também as cesáreas em hospitais.

De acordo com a enfermeira obstetra Joyce Koettker, membro da Equipe Hanami de parto domiciliar planejado, dar à luz em casa nada tem a ver com as cenas trágicas e cheias de sofrimento mostradas em filmes e novelas. Ela explica que a gestante é preparada e aconselhada durante toda a gravidez, para que no momento do parto não fique tensa nem insegura.

— O atendimento começa no primeiro contato. Até o bebê nascer são diversas conversas e atividades gratuitas para conhecer histórias de parto natural, cesáreas, bebês que ficaram na UTI neonatal e outros casos. 

A futura mamãe deve fazer também um curso preparatório e o pré-natal tradicional. Joyce explica que é necessário saber se não há nenhuma doença associada, se é um bebê só, se está virado de cabeça para baixo e se a gestação é toda tranquila. 

A partir da 37º semana uma enfermeira da equipe vai semanalmente na casa da gestante para fazer exames e verificar a pressão arterial.

— Trabalhamos também aspectos emocionais que podem influenciar na hora do parto. Se a gestação é difícil, não foi planejada, tem medo da dor, histórico de violência na família.

Quando a gestante sente que está em trabalho de parto, liga para uma das enfermeiras do grupo, que corre para a casa da família. As demais profissionais da equipe só chegam quando o trabalho de parto está evoluído. 

Enquanto o bebê não vem, a mãe pode caminhar, ir ao banheiro, comer, se hidratar e receber uma massagem. 

— Quando começa a aparecer o cabelinho do bebê, ela se prepara para o parto. Nós trabalhamos com a saída lenta da criança, então não mandamos fazer força.

Depois da chegada do bebê ao mundo, fica algum tempo no colo dos pais e passa por exames físicos e neurológicos. A mãe ainda recebe ajuda na saída da placenta e no controle do sangramento, quando necessário. 

— Após o parto ainda ficamos cerca de três horas na casa.

Dar à luz em casa é seguro?

Em 2012, uma australiana morreu após ter seu segundo bebê em casa. Caroline Lovell era uma defensora do direito ao parto domiciliar, e chegou a ser transferida a um hospital, mas morreu no dia seguinte à internação. Desde então nenhum outro caso semelhante ganhou o mundo.

De acordo com o obstetra Sergio Luz, membro da Federação Brasileira da Associações de Ginecologia e Obstetrícia, o parto pode ser natural e em casa, se a mãe optar pelo acompanhamento de profissionais que trabalhem dessa maneira. Ele acredita que a escolha do melhor lugar a dar à luz cabe à mulher.

Mas há alguns requisitos a atender.

— É necessário que ela seja classificada como baixo risco, para que não tenha complicações severas e nem no desenvolvimento do bebê no útero. E a grande maioria das mulheres no Brasil teria condições de ter parto em casa.
Luz considera importante ter um hospital como opção, para o caso de emergências. E cabe à equipe cuidar dessa questão e orientar a mãe sobre isso. 

O médico afirma que no parto domiciliar existe um risco para o bebê, mesmo que a saúde pareça perfeita no pré-natal. Mas ele é mínimo.

— Existe um pouquinho mais de risco para o recém-nascido. É pequeno, quase desprezível, mas existe. Se ele nascer um pouco doente e precisar de atendimento hospitalar, cada minuto é importante. 

Estatísticas do nascimento

A Organização Mundial de Saúde recomenda que, em cada país, apenas 15% dos nascimentos seja por cesárea - somente quando a cirurgia é inevitável. Entretanto, no Brasil, essa taxa chega a 43% ao ano. Na rede privada, o índice é de 82%. 

Os motivos para esse índice elevado de cesáreas, de acordo com Luz, vão desde uma ideia errônea de que parto normal é para quem não tem dinheiro para uma operação, até o desejo de fazer o filho nascer no dia do aniversário do pai, por exemplo. A necessidade de muitos obstetras de organizar a agenda e não perder muito tempo com cada parto é outro fator a influenciar esses números. 

As condições do parto no Brasil também preocupam. Em uma pesquisa feita pela Fundação Perseu Abramo, 25% das entrevistadas relatou ter sofrido algum tipo de violência na hora de dar à luz. Enquanto algumas relataram falta de auxílio da equipe médica, outras foram agredidas verbal, física e até sexualmente por enfermeiros e médicos.   

Não existe lugar certo para parir

Com aversão a médicos, remédios e hospitais, a jornalista e fotógrafa Kalu Brum se descobriu, em 2006, grávida.

— Só sabia que não queria nenhum tipo de medicamento no meu corpo.

Começou a pensar em um parto natural, mas sem saber que existia de verdade e que tinha esse nome. E depois de muitas pesquisas e contatos, a moradora de São Paulo chegou a um hospital referência em parto normal natural e que presta atendimento pelo Sistema Único de Saúde. 

— Cheguei e fiquei encantada. Me surpreendi com a casa de parto. Tudo tão tranquilo e lindo!   A casa de parto em questão faz parte do Hospital Sofia Feldman, de Belo Horizonte, Minas Gerais. Lá, Kalu descobriu que seria possível dar à luz em casa. Mudou-se para a cidade e se preparou para esse momento, tão feliz e satisfatório que, por causa dele, a fotógrafa se aprofundou no assunto e hoje é doula e voluntária em um centro de apoio para gestantes.

Quando atende uma mãe, Kalu reúne informações científicas para possibilitar que ela tome a decisão que achar melhor.

— Não existe melhor lugar para parir. Tendo uma boa equipe é possível ter um parto sensacional numa maternidade. A escolha do lugar é onde a mulher se sente segura, e o que procuro mostrar é que muitas vezes os medos são infundados, que o parto é algo simples e fisiológico que poderia acontecer com segurança, como apontam as evidências, em 85% dos casos em casa.

Fonte: http://entretenimento.r7.com/casa-e-familia/fora-da-maternidade-maes-escolhem-dar-a-luz-em-casa-17032014

terça-feira, 18 de março de 2014

MÃES, MÉDICOS E PARTOS PÉLVICOS







 Olha, vou contar para vocês um pouco sobre partos pélvicos, o que conversei ontem com uma linda gestante cujo bebê resolveu ficar sentado até o final da gestação. Ela agora está na difícil tarefa de ter que escolher o que fazer.

Houve um tempo, até uns 50 anos atrás, que pélvico era um tipo de parto. Simples assim. Os médicos sabiam, as parteiras sabiam, e pronto. As nossas bisavós tiveram ou tinham uma irmã ou amiga que teve parto pélvico, sem maiores delongas.

Até que surgiu a cesárea, cada vez mais segura, cada vez mais comum. Nos cursos de medicina os médicos foram perdendo contato com o pélvico e na ausência do professor, operavam. Muitos cursos de medicina pararam de ensinar parto pélvico.

Em 2000 uma mulher do Canadá publicou um artigo enorme dizendo que o parto pélvico tinha mais risco para o bebê do que a cesárea. Esse artigo destruiu de vez as chances de um médico aprender a fazer parto pélvico e as mulheres de terem esse direito.

Cinco anos depois, já tinham saído mais dois artigos, um provando que o anterior foi tremendamente mal feito e não tinha o valor acadêmico que lhe foi atribuído e outro acompanhando essas mesmas crianças que nasceram no trabalho anterior e mostrando que a médio prazo a via de parto não fazia diferença para as crianças. Mas que a médio prazo continuava sendo pior para as mulheres a cesariana.

Agora já estão em andamento trabalhos nos EUA, Alemanha, Israel, França e Austrália mostrando que o parto pélvico é tão seguro quanto a cesárea, respeitadas algumas condições (bebê de termo, com menos que 4kg).

Qual é a questão no Brasil? A questão principal é a do risco profissional. Para os que não sabem fazer parto pélvico, o cara tem pavor de acontecer alguma coisa. Para os que sabem, o problema é o risco jurídico. Diante da cultura da cesariana no Brasil, qualquer coisa que aconteça num parto pélvico, mesmo que seja alguma coisa nada a ver com o parto, algo que a criança já tinha, até um problema congênito, por exemplo, o médico vai ser acusado de ter causado aquele dano.

Às vezes não é nem o paciente que move processo, mas sim outros médicos. Num parto pélvico recente que acompanhei num hospital, o bebê nasceu e foi atendido por um pediatra da casa (não deu tempo de chamar um dos nosso). O pediatra enlouqueceu por terem deixado o bebê pélvico nascer de parto normal e disse pro médico e para os pais que tinham fraturado as duas pernas do bebê. O bebê não teve fratura alguma, raio X veio lindo, o médico não se conformou, mandou fazer de novo o raio X, que veio lindo novamente, e só assim ele parou de infernizar a pobre mãe e o pobre médico.

E tem muito médico por aí que acha um absurdo parto normal ou natural, quanto mais um parto pélvico. Que loucura, que perigo!

Até mesmo em partos normais a gente vê isso. Qualquer problema que o bebê tenha, se nasceu de parto normal, a culpa foi do parto. Paradoxalmente são os bebês nascidos de cesariana que têm mais problemas. Mas ninguém se preocupa com esses, nesse caso o bebê é que era doentinho. Mesmo que seja um pulmão molhado com 10 dias de UTI. Não são só médicos que estão tão mal-educados quanto à questão do nascimento. Toda a sociedade está! Muitos maridos, famílias, amigas, enchendo a cabeça das mulheres que terão ou que tiveram um parto pélvico normal.

Atender, dentro desse cenário, um parto pélvico, é um serviço para heróis. O risco que esses médicos e parteiras correm não é do parto. É o da sociedade em que vivemos.

É o papel de cada uma de nós aqui, como mães, profissionais e educadoras (toda mãe é uma educadora), mostrar para a sociedade, em palavras meigas e sutis, que as pessoas enlouqueceram! Que as pessoas não estão entendendo a questão do nascimento.

Ninguém pensa nos riscos que uma mulher corre a longo prazo após uma ou mais cesarianas. Ninguém quer saber das placentas acretas, prévias, rupturas, infertilidade. Ninguém cumprimenta uma mulher que teve um parto pélvico. As pessoas a chamam de louca!

E cabe a cada uma de nós ajudar a mudar esse cenário.

Deixo aqui meu abraço a cada mãe que teve a coragem de ter um parto pélvico e um abraço ainda mais forte em cada mãe que não conseguiu vencer essa gigantesca onda contrária, quase tsunâmica. E um abraço ainda mais forte e profunda solidariedade a quem quis tentar, mas teve seu direito negado.


 Leia mais em: http://www.maternidadeativa.com.br/artigo7.html

domingo, 16 de março de 2014

Tirando dúvidas das mamães do Baby Center!!



Uma participante do grupo de discussão do BabyCenter entrou em contato comigo sobre as dúvidas das mamães, sugeri então que elas fizessem uma lista e me enviassem, eu responderia e postaria aqui no blog.
Hoje elas enviaram e aqui vai. Espero que essas respostas possam ajudar muitas gestantes!

1) Afinal, a respiração cachorrinho ajuda ou atrapalha durante o trabalho de parto? Já escutei opiniões de diversos profissionais muito divergentes sobre o assunto
.
A respiração cachorrinho atrapalha, a respiração curta leva pouco oxigênio para o bebê e muda a acidose no sangue, aumentando a sensação de dor na mãe. O ideal são respirações profundas, inspirando pelo nariz, enchendo o peito de ar e expirando lentamente pela boca.
2) Você indica o chá de folha de framboeseira? A partir de quantas semanas?
Sim, o chá de folha de framboeasa ajuda a preparar o colo do útero, eu recomendo após a 36ª semana de gestação.

3)Eu gostaria de saber quais são as recomendações pós parto para cuidados do perineo, seios, atividades fisicas o que pode e não ser feito, alimentação, etc. 
No pós-parto se houver pontos no períneo é muito importante que a mulher lave e seque levemente a área após urinar ou evacuar. Não pegar muito peso nos primeiros 40 dias também é recomendável. Expor os seios ao sol sempre que a mulher puder é ótimo, ele ajuda a proteger os mamilos contra rachaduras, mas o fundamental é a pega correta do bebê no mamilo. Atividades físicas variam de mulher para mulher, se foi parto normal ou cesárea, e se houveram complicações como hemorragia Eu recomendo que cada mulher fale com o ginecologista para que ele libere. Eu recomendo que a mãe coma tudo que quiser, evite apenas refrigerantes, muitos doces, fumo e álcool. 
4)Quando começa o trabalho de parto se a gente deve ficar de cocoras quando tem contração ou nos intervalos? O q fazer para não ir ao hospital muito cedo, se tem como saber com quanto de dilatação estamos olhando ou mesmo sentindo. 
A mulher deve ficar de cócoras quando sentir vontade, mas ficar de cócoras durante a contração no estágio final do parto ( expulsivo) ajuda o bebê a descer.
O recomendado para quem não tem Doula é que aguarde em casa até que as contrações estejam com um ritmo regular de 3 em 3 minutos por mais de 1 hora. É preciso prestar atenção nos movimentos do bebê, se o bebê está se movimentando normalmente significa que ele está bem. Se ficar muito tempo sem mexer é bom ligar para o obstetra e avisar. A dilatação varia muito de mulher para mulher, o mais importante é prestar atenção nos sinais que o corpo dá, e na intuição de quando a mulher achar que é a hora de ir, esse é o momento certo.

5)Podemos sentir o bebê mexe quando entramos em trabalho de parto…?
Sim, o bebê pode mexer menos mas ele tem que mexer. Essa história de que o bebê para de mexer quando chega a hora é mito. Uma dica é que após a gestante comer, aguardar 30 minutos e contar durante 1 hora quantos movimentos o bebê faz no útero. Menos de 7 movimentos é bom avisar o obstetra.

6) Se nasci de parto cesária, posso ter um parto normal.?
CLARO, parto não é genético nem hereditário. Dilatação também, não é porque a mãe não teve dilatação, que a filha não vai ter. Bom lembrar também que mulheres que tiveram cesárea PODEM ter parto normal também.

7) É necessariamente o tampão tem que sair para o bebê nascer?
Não, o tampão é apenas um dos sinais que o corpo dá de que o parto está próximo, mas o tampão pode sair e a gestante nem perceber. Assim como pode sair e demorar dias ou semanas para o parto acontecer.

8) A dilatação só acontece com contrações?
Sim, é comum que as gestantes no final da gestação apresentem de 1 a 2 cms, o próprio peso do bebê a quantidade de líquido amniótico sob o colo do utero podem causar essa dilatação. Mas o importante é a dilatação durante o trabalho de parto, lembrando que o primeiro bebê geralmente o trabalho de parto é mais longo, e que raramente a gestante dilata 1 cm por hora como muitos médicos falam. Aguardar o trabalho ativo em casa faz com que a parturiente dilate mais rápido do que no hospital.

9) É normal o bebê encaixar e depois sair do encaixador?
É muito raro um bebê desencaixar, mas pode acontecer. Lembrando que a cabeça do bebê encaixa na pelve da mãe.

10) O líquido pode sair aos poucos? Ou qdo estoura sai todo…?
Sim, pode ocorrer um furo na bolsa e o líquido vaza conforme o bebê se movimenta. O líquido amniótico é igual água mas sem cheiro de água sanitária. Também pode acontecer da bolsa estourar e sair bastante líquido, lembrando que o bebê NÃO fica sem líquido, o corpo continua produzindo, portanto não existe parto seco.

11)O sexo ajuda ao Parto Normal?
Sim, o sexo é uma atividade física, além disso durante o sexo a gestante libera hormônios e tem contato com o esperma masculino que contém prostaglandinas que ajuda a amadurecer o colo do útero.

12) Estou de 38 semanas a espera do PN, O que fazer nessa espera, qual  o melhor exercicio para fazer em casa?Ou melhor ficar quietinha…
O ideal é que você se mantenha ativa, caminhadas, hidroginática, usar a bola suíça ( no blog tem vídeos que ensinam os exercícios), tudo isso ajuda. Mas não é obrigatório que a gestante seja uma atleta para ter parto normal, mulheres sedentárias também podem parir.

Espero que eu possa ter ajudado um pouco com as dúvidas de vocês!

Cris De Melo
Téc. Enfermagem,
Mãe da Sofia 4 anos
& Doula!

domingo, 2 de março de 2014

6 atitudes que ajudam a induzir o trabalho de parto naturalmente!

No final da gravidez vem a ansiedade: já se passaram cerca de 40 semanas e você não aguenta mais esperar para ver a carinha do bebê – muito menos para se ver livre do barrigão pesado. Quanto isso vai durar? Apesar das pesquisas científicas serem inconclusivas sobre a eficácia das estimulações naturais, médicos e doulas têm uma lista de procedimentos que você pode fazer para ajudar a chegar mais rápido a hora do parto.

A publicitária Anne Pires conhece estas recomendações de cor. Com a ajuda de uma doula e uma obstetra humanista, ela seguiu a cartilha à risca e conseguiu ter a Mariana do jeito que queria, depois de um trabalho de parto que teve caminhadas, exercícios na bola de pilates e até sexo. “Essas coisas foram importantíssimas para que eu pudesse ir para o hospital no momento certo. Pude permanecer no conforto da minha casa o tempo todo, tranqüila, pois tinha táticas para aliviar a dor, tinha a doula e minha família para me ajudar, acalentar e encorajar”, conta.

“Quando o bebê estiver pronto para nascer, a mãe vai entrar em trabalho de parto. Por isso, sempre dou uma lista de atividades prazerosas que, depois que o filho nascer, a mulher não vai poder fazer por um bom tempo – como ir ao cinema, jantar com o marido ou fazer uma visita ao cabeleireiro. Assim, a ansiedade fica um pouco controlada”, aconselha Ana Cristina Duarte, obstetriz e coordenadora do GAMA (Grupo de Apoio à Maternidade Ativa). Ela também faz uma recomendação que vale desde o início da gestação. “Se você está decidida a fazer parto normal, procure um médico com alta taxa deste tipo de parto. Tenha certeza que, se ele tiver muitas cesarianas no currículo, vai induzir uma em você”.

E o que a grávida pode fazer para dar uma forcinha para a natureza? Leia algumas recomendações.

1. Fazer exercícios físicos
Para estimular o início das contrações é preciso mexer a musculatura em volta do útero. “Sempre falta comprar algumas coisinhas para o bebê que vai nascer. Que tal ir andar no shopping?”, sugere Eduardo Zlotnik, ginecologista e obstetra do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Você pode também fazer caminhadas perto de casa ou atividades físicas leves, como ioga ou natação (veja aqui outros exercícios recomendados para a grávida). Faça tudo em um ritmo confortável, com orientação do médico e por quanto tempo aguentar.

2. Fazer sexo

relação sexual pode ajudar a induzir o parto de três formas. A primeira é pelo estímulo uterino que os orgasmos provocam. Segundo, pela liberação natural de ocitocina que a atividade gera – em induções clínicas, uma versão sintética deste hormônio é aplicada na gestante. Por último, o sêmen contém prostaglandina, que pode deixar o colo do útero melhor preparado para a dilatação. “Se tiver vontade, pode fazer todos os dias”, diz a doula Cris Balzano – com permissão do médico, claro.

3. Estimular os mamilos
“Massagens e beliscões suaves nos bicos dos seios estimulam a liberação de ocitocina, hormônio responsável pelas contrações”, explica o ginecologista Eduardo. O recomendado é fazer a estimulação três vezes ao dia, por períodos de uma hora, alternando os lados.

4. Aquecer-se
A medicina chinesa prega que, para entrar em trabalho de parto, a mulher precisa estar rodeada de calor. Daí vem a ideia de ingerir comida apimentada. É uma ótima desculpa pra visitar aquele restaurante indiano ou mexicano que você adora. Mas cuidado: se você não estiver acostumada com pimenta, pode ter azia e irritação no intestino. 
Outra forma de esquentar o corpo e, de quebra, ficar relaxada, são os banhos quentinhos. “Não exagere na temperatura, para não sentir tontura”, lembra Cris. 

5. Fazer sessões de acupuntura
Segundo diversas pesquisas feitas desde 1974 em grávidas em fase final de gestação, as agulhas introduzidas em pontos específicos do corpo diminuem o tempo do trabalho de parto. “É uma especialidade médica que surte efeito”, garante Ana Cristina. Procure um médico acupunturista confiável, que tenha experiência com grávidas.

6. Ter ajuda do obstetra
Ainda sem entrar na área dos remédios químicos, o obstetra tem alguns truques pra acelerar o trabalho de parto. Mas eles só são indicados em casos especiais, quando o bebê ou a mãe correm sérios riscos se o nascimento demorar mais. “É possível descolar a bolsa introduzindo o dedo no colo do útero, induzindo as contrações, ou romper a bolsa amniótica”, explica Eduardo.

http://delas.ig.com.br/filhos/6+atitudes+que+ajudam+a+induzir+o+trabalho+de+parto/n1237961688348.html