Estamos
super acostumados a assistir filmes,
novelas e alguns programas na TV que
mostram o nascimento de uma criança.
Na
maioria deles, quando o nascimento é por
via vaginal, o parto é realizado na posição
mais tradicional e comum que é aquela
deitada com as pernas abertas, como nos
exames ginecológicos.
Porém
é possível parir em várias posições
que podem ser muito mais confortáveis
para a mulher.
O
movimento pela humanização do parto acredita
que quanto maior liberdade a mulher
tiver para se movimentar e mudar de
posição durante as contrações será mais
fácil lidar com a dor e, deixar
seu corpo escolher a posição que
quiser ficar durante o expulsivo,
facilitará a saída do bebê.
Vamos entender um pouco mais
sobre algumas posições:
Litotomia:
É a
posição que citei acima. Essa é uma
boa escolha para as mulheres que
tomam altas doses de anestesia, pois
só exige que ela faça força, não
precisando sustentar o corpo.
É
também a melhor posição PARA O
OBSTETRA, pois ele tem uma visão
completa de toda a área. Porém, contudo,
no entanto, todavia... essa é a PIOR
POSIÇÃO
para
uma mulher parir (sem anestesia ou
com dose baixa
‐analgesia), pois o
cócci fica apoiado na cama e perde-se
amplitude do canal de parto.
Essa
é a posição em que o bebê tem
menos espaço para passar e a gestante
tem que fazer mais força, pois irá
parir contra a gravidade.
De
Lado
É
uma boa opção para a gestante que
está cansada é ficar de lado. Ela
consegue descansar os braços e as
pernas, evita que o bebê faça pressão
em sua coluna e
mantém
a pelve livre, sem apoiar o cóccix
na cama e dificultar a passagem
do bebê.
Nessa
posição a mulher pode contar com a
ajuda de alguém para segurar sua
perna enquanto ela faz força.
Quatro
ou Seis Apoios
vem
com o quadril ou movimentos circulares
que ajudam na descida do bebê. Além
do que, essa é a posição mais
recomendada para bebês pélvico (sentado ).
Cócoras
O
parto de cócoras é uma das melhores
opções, pois a descida e o nascimento
do bebê são favorecidos pela gravidade,
o parto é mais rápido, a pelve
fica livre e o aumento do canal
de parto chega a 20%. Além disso,
permite que a mulher tenha mais controle
sobre a situação,
Existem
vários instrumentos para ajudar a grávida
a ficar nessa posição:banquinho de cócoras,
tecido pendurado no teto, um lençol jogado
sobre uma porta ou uma bola de pilates.
Independente de como ela irá se
manter
em cócoras o pai, parceiro (a), a
doula ou acompanhante pode
auxiliar apoiando as costas da gestante
em seu corpo.
Em
pé
Não
é comum, mas se o trabalho de
parto não for muito cansativo e
a mulher não estiver exausta e se
sentir confortável é possível parir nessa
posição.
Em
algumas maternidades fora do país, podemos
encontrar uma infra estrutura montada para
ajudar a mulher a “se encontrar”
em qualquer posição que seja. Com
vários instrumentos de apoio, essa que
fica na Alemanha:
”
Mas como saber qual posição vai ser
melhor pra mim? “
Uma dica para descobrir qual posição
pode ser melhor é testar em casa.
Fique em cada uma dessas posições e faça movimentos com
o quadril. Você pode rebolar, mexer
de um lado para o outro, sempre
inspirando pelo nariz e soltando o ar
pela boca. Perceba como seu corpo
se comporta em cada movimento. Você
sentirá que em algumas posições parece mais
difícil respirar, em outras pode haver
algum desconforto. Quando você encontrar uma posição
que foi mais fácil ou mais gostoso
de ficar, treine até o final
da gravidez. Dessa forma você ensinará seu
cérebro como fazer e quando começarem
as contrações, você não precisará ficar
pensando em qual posição ficar, seu
corpo fará tudo naturalmente!
Se você já estiver no finalzinho
da gravidez não terá muito tempo
para praticar as posições, mas não
tem problema. O importante é você
deixar que seu corpo faça o
movimento que sentir vontadee fique na
posição que quiser durante as contrações.
Todas
as posições apresentam variações e
nenhuma delas está certa ou errada, o
importante é que você tenha liberdade
para escolher como quer ficar e que
seja respeitada pela equipe que acompanhará
seu parto.
Fonte: Conahparto
Congresso Nacional sobre humanização do parto
Nenhum comentário:
Postar um comentário