Se o bebê permanecer em apresentação pélvica (sentado) após 35 semanas,
talvez algumas gestantes se preocupem em tomar condutas ativas para favorecer a
mudança da orientação da criança. Bebês podem nascer de parto vaginal em
apresentação pélvica, mas existe uma morbidade maior associada a esse
nascimento (para a criança, pois para mãe o parto vaginal é sempre melhor, com
raríssimas exceções).
A OMS recomenda que se tente a versão externa das
crianças antes do parto, e se isso não resolver a apresentação, a cesárea é uma
recomendação aceita universalmente. Se o bebê não virou, mas a gestante
ainda assim quiser o parto vaginal, há profissionais no Brasil que tem
experiência com o procedimento, e que podem atender o parto dessa forma, sem
problemas maiores. Escolher um parteiro experiente é fundamental para o parto
pélvico.Até aqui, falamos de assistência obstétrica à luz da medicina
ocidental.
Dicas para virar o bebê:
- Conversar com a criança, pactuando a mudança de posição.
3. Pulsatilla (remédio homeopático) ( médico prescreve)
4. Aproximação de compressas quentes no hipogastro (“pé da barriga”) e bolsa de gelo no fundo uterino (onde a cabecinha ficou); a criança tende a se deslocar na direção do calor.
5. Os exercícios sugeridos por Naoli Vinaver,
parteira mexicana muito conhecida.
Exercícios da Naoli:
- Ficar nessa posição por 20
minutos;
|
Segunda posição |
Terceiro exercício: engatinhar por
20 minutos
|
Após cada exercício, rebozo chacoalhando o quadril, ou a gestante mexer
bem o quadril, como uma dança.
Se assim mesmo o bebê não virar, a versão externa feita pelo
médico/parteiro em ambiente hospitalar é sempre possível.
Só deve ser realizada por um profissional experiente e que conheça a técnica. É recomendada na 37ª semana onde o bebê já é considerado a termo, e o ideal é que seja feita em um ambiente hospitalar, caso haja alguma intercorrência. Como todo procedimento a versão possui riscos e contra-indicações, portanto é importante discutir esses pontos com o profissional. È possível fazer a versão durante o trabalho de parto, mas para isso é necessário que a bolsa esteja íntegra.
-
Contra-indicações para a realização de versão externa:
Absolutas
Indicação para parto por cesariana
Placenta prévia total ou parcial, etc..
Hemorragia no 3º trimestre
Restrição de crescimento intra-uterino com fluxometria anormal
Malformação uterina
Feto com cabeça em hiperextensão
Gravidez múltipla (excepto para o 2ºgemeo)
Relativas
Presença de cicatriz uterina
Presença de circular cervical
Malformação fetal
Rotura de membranas
Trabalho de parto
Riscos:
A VE é uma manobra obstétrica bastante segura mas não isenta de complicações que ocorrem em 4-6% dos casos 14,19,20. A bradicardia transitória fetal é a complicação mais frequente e, na maioria dos casos, resolve rapidamente com a interrupção da manipulação. Outras complicações descritas (hemorragia vaginal, descolamento de placenta normalmente inserida, lesões traumáticas do feto ou mesmo morte fetal) foram registadas pontualmente e muito provavelmente estiveram associadas ou a uma má seleção da gestação ou ao excesso de força empregue para conseguir a rotação fetal
Fonte de pesquisa e mais informações: http://www.spom.pt/Versao_fetal_por_manobras_externas.pdf tirado de www.crisdoula.com
Outras:
- Deitar e ficar de lado, por 10 à 15 minutos, no escuro, com uma lanterna, colocar bem abaixo da barriga, a luz, e conversar com o bebê, indicando a posição correta, transmitir carinho, pode ser utilizada a voz do pai e da mãe e tb de irmãos… o bebê já reconhece! (Procure saber qual a posição do bebê pergunte ao seu obstetra para estimular corretamente).
- Sentada na cama, apoiar um almofada nas costas, ouvir musicas relaxantes, fazer carinho na barriga indicando o caminho para a posição correta.
Tirado de:www.crisdoula.com
Cris De Melo
- Téc. Enfermagem & Doula!
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