sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Anticoncepcionais durante a amamentação pode?



Muitas recém-mães tem a mesma dúvida sobre tomar anticoncepcionais durante a amamentação!!!

Anna Paula que cursa Farmácia respondeu o seguinte: "De forma bem resumida, os contraceptivos usados durante a amamentação contém apenas progesterona, diferente dos outros que também contém estrogênios. O estrógeno inibe a prolactina. Então, anticoncepcionais como o Cerazzete serão eficazes apenas quando a amamentação é regular de 3 em 3, 5 em 5h. Por isso tantas mulheres reclamam que engravidaram usando o Cerazzete. Se existe um grande intervalo, à noite, por exemplo, não vai funcionar. Estes "imitam" uma gravidez, enquanto os outros, usados durante toda vida, "imitam" um ciclo comum apenas inibindo a ovulação."

Vamos por partes: o problema em tomar anticoncepcionais durante a amamentação é justamente o estrogênio, que está presente nas pílulas comuns. Ele inibe a liberação da prolactina, que é a responsável pela produção de leite. Logo, o leite irá diminuir. Além disso, acredita-se que esse hormônio feminino possa chegar ao bebê pelo leite, o que causaria o desequilíbrio hormonal na criança.

É pra isso que foram criadas as pílulas compostas somente por progestágeno (hormônio sintético semelhante à progesterona). Elas são tão eficientes quanto a pílula tradicional, independentemente de a mulher estar amamentando exclusivamente ou não (tanto que pode ser usada por quem não amamenta). O detalhe é que precisam ser tomadas com ainda mais disciplina que as demais, pois até mesmo o atraso de algumas horas pode aumentar as chances de gravidez. Por esse motivo, seu uso é contínuo: não há aquela pausa de 7 dias, nem mesmo durante o sangramento.

E isso vale para todo o período que a mulher quiser amamentar. Ela não pode tomar estrogênio, mas pode lançar mão dessas minipílulas, ou de outras opções como a injeção trimestral, que também é compatível com a amamentação.

OBS: nenhuma informação deste blog pretende substituir o acompanhamento médico. Procure seu ginecologista para que ele lhe forneça as orientações mais adequadas para o seu caso!




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