sábado, 17 de maio de 2014

A Bolsa de líquido amniótico





Bebê nascendo " impilicado" envolto na bolsa intacta



 A bolsa de líquido amniótico começa a se formar assim que o embrião se implanta no útero.
O líquido amniótico é produzido constantemente pela placenta e pelo próprio feto (que engole, digere, urina e defeca ali dentro).
A placenta, além de ser responsável pelas trocas sanguíneas entre mãe e feto, também tem função de filtrar e eliminar os dejetos do líquido amniótico.

Ao longo da gestação, o líquido amniótico exerce várias funções:
- manter a temperatura do bebê constante;
- amortecer possíveis golpes e solavancos;
- oferecer proteção contra infecções (o líquido amniótico é estéril);
- disponibilizar espaço para o crescimento e a movimentação do feto;
- assistir no desenvolvimento dos sistemas digestivo e respiratório (o bebê faz movimentos respiratórios, engole e excreta dentro do útero);
- assistir no desenvolvimento dos sistemas sensíveis a odores e sabores (o sabor do líquido amniótico se altera em função da alimentação da mãe).

Durante o trabalho de parto, o líquido amniótico permite que a dilatação aconteça sem contato direto entre a cabeça do bebê e o colo do útero. Ele também diminui a chance do cordão umbilical ser comprimido pelo corpo do bebê.
No final da gestação, a bolsa contem cerca de 500ml a 1000ml de líquido.
Nível baixo de líquido amniótico pode indicar comumente que a gestante não está ingerindo água em quantidade suficiente durante a gravidez; mas também pode ser indício de algum problema na placenta ou mau funcionamento dos rins do feto.

A OLIGODRAMNIA é sinal de alerta e exige exames e monitoramento mais frequente das condições vitais do feto. Não é indicação para cesárea.
Muitas vezes, quando a gestante aumenta a ingestão de líquidos, o problema é resolvido.

- BOLSA ROMPIDA ANTES DAS 37 SEMANAS DE GESTAÇÃO
O rompimento prematuro da bolsa pode ser atribuído a fatores externos (ambientes estressantes, atividade física em excesso e inadequada, pancada, golpe, acidente, etc) ou internos (infecção urinária ou vaginal materna durante a gestação).
Quando a bolsa se rompe antes das 37 semanas, sem qualquer outro sinal de trabalho de parto, tenta-se prolongar a gestação o máximo de tempo possível. Recomenda-se repouso, muitas vezes absoluto, e o uso de medicamentos específicos para evitar possíveis infecções.

- BOLSA ROMPIDA APÓS AS 37 SEMANAS DE GESTAÇÃO SEM TER INICIADO O TRABALHO DE PARTO
Quando a bolsa rompe antes do início do trabalho de parto, é provável que o trabalho de parto se inicie naturalmente em até 72 horas após o seu rompimento. Muitos obstetras ministram antibióticos à parturiente 12 horas após a rotura da bolsa caso ela ainda esteja sem sinal de trabalho de parto. Também é de extrema importância o monitoramento da temperatura materna e do bem-estar fetal.

- BOLSA ROMPIDA APÓS AS 37 SEMANAS DE GESTAÇÃO E APÓS O INÍCIO DO TRABALHO DE PARTO
Geralmente a bolsa se rompe somente após o trabalho de parto ter iniciado. A rotura pode acontecer em qualquer momento do parto, mas é mais comum ocorrer naturalmente na fase de transição, quando a mulher começa a sentir os primeiros puxos.

- ROMPIMENTO ARTIFICIAL DA BOLSA
Um instrumento de plástico, semelhante a uma agulha de crochê, é inserido pela vagina até o útero da gestante e então é feito um pequeno furo na membrana da bolsa.
A ideia é de apressar ou progredir o trabalho de parto. Pode-se também avaliar a presença de mecônio no líquido.
Esse procedimento, embora seja comumente utilizado nos hospitais brasileiros, torna-se inadequado se usado rotineiramente.

O QUE ACONTECE QUANDO A BOLSA ROMPE
Quando a bolsa rompe e o líquido amniótico sai, cria-se um movimento de vácuo no útero que puxa a cabeça do bebê para baixo. A cabeça faz um efeito de “rolha” e impede a saída total do líquido.
Mesmo com a bolsa rompida o líquido continua sendo produzido normalmente pela placenta, até o nascimento do bebê.
Se a bolsa estourar e sair líquido em abundância, é recomendado à gestante ficar sentada por alguns instantes. Isto evita que o cordão saia junto com o movimento do líquido e seja prensado pela cabeça, comprometendo o bem-estar fetal.
A bolsa pode romper em qualquer parte e a rotura pode ocorrer em qualquer tamanho. Por isto a quantidade de líquido que sai e a sua velocidade são muito variáveis. Pode sair um jato ou pode simplesmente gotejar.

- E QUANDO A BOLSA NÃO ROMPE?
Em alguns raríssimos casos a bolsa não se rompe antes do nascimento do bebê.
São os nascimentos “empilicados”. Há quem diga que é um sinal de sorte para toda a vida.

Veja mais aqui: http://adeledoula.blogspot.com.br/2012/08/entendendo-melhor-bolsa-de-liquido.html

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