O obstetra ou parteira é o especialista que cuida do desenvolvimento do feto, além de prestar assistência à mulher nos períodos da gravidez e pós-parto. O termo “obstetrícia” vem da palavra latina “obstetrix”, que é derivada do verbo “obstare”, que significa estar ao lado. Se relevada à origem da palavra, a assistência à mulher em trabalho de parto seria de observação e de acompanhamento, auxiliando-a somente quando necessário.
“O verbo partejar (…) significa dar à
luz, trazer à vida, dar vez ao outro que, pelo princípio da alteridade,
tem o direito de, ao longo da sua história, constituir-se por meio das
relações que ele estabelece com seus referentes. De emanar a sua energia
particular, produzindo luz própria.” (Acedriana Vicente Sandi)
É fato que as mulheres tem que buscar
de volta a liberdade de realização e escolha em seus partos,
subordinados em sua imensa maioria à dependência da intervenção médica e
hospitalar resultando em milhares de cesáreas desnecessárias. E no
mundo da humanização se dá a isso o nome de EMPODERAMENTO: despertar a
gestante para uma atitude ativa e confiante dos processos naturais de
parir e nascer.
Para ilustrar belamente o significado e
a importância de empoderar-se e estar acompanhada de profissionais que
respeitem o parto de cada mulher, posto dois vídeos emocionantes de
parto. O nascimento da quinta filha de Rosana Oshiro que edita o blog Empoderando e
o nascimento de Thales, segundo filho de Lívia Benetti, ambos partos
domiciliares. É ver essas imagens, ler estas palavras, sentir com o
coração aberto e tirar suas próprias conclusões!
Para que seja possível esse resgate é
preciso escolher profissionais que apoiem e encorajem a sua autonomia
ao assistir o seu parto. Muitas vezes, essa assistência deve ser
“invisível”, somente estar ao lado, acompanhar e deixar que a mulher
viva à seu modo único a experiência transformadora e linda que é o
nascimento.
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